01/07/2015
Balança Comercial registra superávit de US$ 4,527 bilhões em junho!

O desempenho é resultado de exportações de US$ 19,628 bilhões e importações de US$ 15,101 bilhões. No período, a corrente de comércio - soma das exportações e das importações - foi de US$ 34,729 bilhões, valor 7,5% acima do registrado em maio passado (US$ 30,777 bilhões). Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa, realizada na sede da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

De acordo com Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (Deaex) da Secex, o saldo positivo em junho é decorrente do aumento das exportações de manufaturados para os Estados Undidos de 13,7% em relação a junho do ano passado.

Brandão ressaltou ainda os volumes expressivos exportados no mês, principalmente de minério de ferro (32 milhões de toneladas), soja (9,8 milhões de toneladas), petróleo (4 milhões de toneladas), celulose (1,1 milhão de toneladas) e carne de frango (371 mil toneladas). O aumento da capacidade de escoamento do Brasil, que passou a contar com novas estruturas portuárias ou aumento da capacidade de alguns terminais também foi destaque.

"Nos embarques de soja, por exemplo, percebemos que os portos de Itaqui e Barcarena exportaram 2,2 milhões de toneladas de soja a mais, na comparação com junho do ano passado. Os maiores embarques são registrados em Santos, Paranaguá e Rio Grande, mas estamos percebendo diversificação nos embarques em outras regiões do país", disse.

A média diária das exportações em junho chegou a US$ 934,7 milhões, 11,5% acima da média verificada em maio deste ano (US$ 838,5 milhões), resultado do embarque de produtos básicos (US$ 9,537 bilhões), manufaturados (US$ 7,368 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,249 bilhões). Na comparação com junho do ano passado, a média diária das exportações caiu 8,7% (US$ 1,023 bilhão).

No comparativo com o mesmo mês de 2014, as exportações de produtos básicos, em média diária, apresentaram queda de 16,4%, especialmente pela queda do minério de ferro (-49,8%), farelo de soja (-35,7%), carne suína (-33%), café em grão (-25%), carne bovina (-19,6%), fumo em folhas (-16,1%) e petróleo em bruto (-2,9%). Por outro lado, cresceram as exportações de minério de cobre (39,1%), carne de frango (6,3%) e soja em grão (0,3%).

Com relação aos básicos, Brandão explicou que está havendo um aumento considerável dos volumes exportados. "No mês, verificamos uma redução da queda das exportações. Porém, os preços internacionais permanecem baixos, impactando fortemente o valor apurado nas exportações brasileiras", explicou.

As exportações de semimanufaturados, em média diária, reduziram 8,4% no mês em comparação com junho de 2014. O desempenho do grupo foi puxado principalmente pela queda nas exportações de alumínio em bruto (-33,7%), ferro-ligas (-28,1%), óleo de soja em bruto (-24,3%), couro e peles (-24,1%), açúcar em bruto (-23,7%) e ferro fundido (-12,7%).

As maiores altas foram de catodos de cobre (641,4%), ouro em forma semimanufaturada (49%), madeira serrada (21,3%), celulose (4,4%) e semimanufaturados de ferro/aço (1,5%).
No grupo de produtos manufaturados, que apresentou crescimento - em média diária - de 4,1% no comparativo com junho de 2014, os resultados mais destacados foram: torneiras/válvulas (90,7%), aviões (51,4%), automóveis de passageiros (45,9%), laminados planos (35%), veículos de carga (26,3%), polímeros plásticos (25,5%), suco de laranja não congelado (16,6%), óxidos e hidróxidos de alumínio (11,9%), autopeças, (6,9%) e motores para veículos (1,6%).

Importações

Pelo lado das importações, a média diária em junho de 2015 foi de US$ 719,1 milhões, o que representa uma alta de 2,7% sobre maio deste ano (US$ 700,4 milhões) e uma queda de 20,6% na comparação com junho de 2014 (US$ 906 milhões). Decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-42,6%), bens de capital (-21,5%), matérias-primas e intermediários (-13,7%) e bens de consumo (-13,7%).

Brandão explica que no caso das importações há queda tanto nos preços, quanto nos volumes. "No mês foi registrada queda de 13,3%, em média, nos preços dos produtos importados e também uma redução de 8,8% nos volumes desembarcados no Brasil".

No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de petróleo, naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural e carvão. Entre os bens de capital, houve queda no desembarque de equipamento móvel de transporte, partes e peças para bens de capital para indústria, acessórios de maquinaria industrial, maquinaria industrial e máquinas e aparelhos de escritório e serviço científico.

No segmento de matérias-primas e intermediários, decresceram as aquisições de partes e peças de produtos intermediários, produtos alimentícios, acessórios de equipamento de transporte, produtos agropecuários não alimentícios, produtos minerais e produtos químicos e farmacêuticos.

As principais quedas nas aquisições de bens de consumo foram observadas nas importações de automóveis de passageiros e partes, produtos alimentícios, móveis, partes e peças para bens de consumo duráveis, produtos farmacêuticos, objetos de adorno, bebidas e tabaco e máquinas e aparelhos de uso doméstico.

Janeiro a junho

No acumulado do ano, as exportações somam US$ 94,329 bilhões e as importações US$ 92,107 bilhões, valores 14,7% e 18,5% menores, respectivamente, que os verificados no mesmo período do ano passado pela média diária. A corrente de comércio totalizou US$ 186,436 bilhões, uma queda de 16,6% sobre o mesmo período de 2014 (US$ 223,574 bilhões), pela média diária. Entre janeiro e junho de 2015, a balança comercial acumula um superávit de US$ 2,222 bilhões, revertendo o saldo negativo alcançado em igual período de 2014 (US$ 2,512 bilhões).

Brandão destacou que desde 2012 não havia superávit na balança comercial no primeiro semestre. O diretor reforçou a expectativa do MDIC em finalizar o ano com saldo positivo. "Temos registrado aumento nos volumes exportados e acomodação dos preços internacionais. Dessa forma, entendemos que vamos ter resultados mais robustos no segundo semestre do ano", finalizou.


Fonte: http://www.mdic.gov.br/

 
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