A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou em nota divulgada que não vai proibir as importações de alimentos japoneses em razão do acidente nuclear que ocorreu no país após o terremoto e tsunami de 11 de março.
Nesta terça, o Ministério da Saúde japonês informou que substâncias radioativas acima do limite legal foram encontradas por autoridades sanitárias em 11 tipos de vegetais da província de Fukushima, incluindo brócolis e repolho. O ministro da Saúde fez um alerta à população para que não consuma os 11 vegetais produzidos na província, onde usinas nucleares foram afetadas, por tempo indeterminado.
Conforme a Anvisa, as importações de produtos alimentícios japoneses foram todas da categoria "Misturas e Pastas para Preparação de Produtos de Padaria, Pastelaria e da Indústria de Bolachas e Biscoitos". A última importação ocorreu em 1º de fevereiro, antes do acidente nuclear. "Segundo a OMS, a radioatividade não contamina alimentos embalados", diz o informe da Anvisa.
"Diante do exposto, no momento a Anvisa não adotará medidas proibitivas da importação de produtos alimentícios japoneses. Todavia, com vistas a proteger a saúde da população brasileira, esclarecemos que as investigações pelas autoridades sanitárias internacionais serão devidamente acompanhadas bem como as importações brasileiras de produtos japonesas, visando subsidiar continuamente o posicionamento da agência sobre o caso", afirma a nota.
Ministério da Agricultura
O governo brasileiro já havia informado que não adotaria restrições aos produtos japoneses importados pelo Brasil, segundo informações da própria Anvisa e do Ministério da Agricultura.
O Japão foi o sexto maior fornecedor de produtos ao Brasil em 2010. O Brasil importa carros japoneses, equipamentos eletrônicos, peças e diesel, entre outros.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que há dados de vendas de produtos japoneses para o Brasil realizadas em datas posteriores ao terremoto, mas disse que não é possível saber se as mercadorias já haviam saído do Japão quando os registros foram feitos. O ministério ainda não tem informações sobre os tipos de produtos que foram comercializados nesse período.
FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/03/anvisa-informa-que-nao-proibira-importacao-de-alimentos-japoneses.html