Depois de oscilar entre o terreno posivito e negativo ao longo do dia, o dólar comercial acabou fechando em queda nesta quinta-feira (19), engatando, assim, quatro dias seguidos de desvalorização.
A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,7631 para venda, baixa de 0,20%.
Numa semana em que recuou todos os dias, até o momento, o dólar acumula queda de 1,51% no período. Desde o começo deste ano, a moeda dos Estados Unidos já se desvalorizou em 5,64%.
Segundo o economista-chefe da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, a queda do dólar mais uma vez esteve ligada à melhora no sentimento externo, ditada por novos leilões de dívida bem sucedidos na Europa e por balanços positivos de empresas nos Estados Unidos.
Nesta quinta-feira, a Espanha passou por seu maior teste nos mercados de dívida neste ano, vendendo mais papéis de longo prazo do que o esperado. A França também obteve sucesso num leilão de títulos, o primeiro após perder seu rating máximo \"AAA\" pela agência de classificação de risco Standard & Poor\'s.
Esperanças em torno de um acordo para a dívida da Grécia também favoreceram a melhora no humor, com investidores acreditando que o país possa evitar um calote de sua dívida apesar do pouco progresso nas negociações com credores internacionais.
O agravamento da crise de dívida na zona do euro foi o responsável pela disparada de 12,15% da moeda norte-americana no ano passado.
A safra de balanços nos Estados Unidos também deu suporte ao apetite por risco, após a surpresa positiva com os balanços trimestrais de Bank of America e do Morgan Stanley, dois dos principais bancos de Nova York, que aliviaram temores quanto ao impacto dos problemas na Europa sobre as empresas.